Foi na madrugada do dia 12 de Agosto que um grupo de terroristas tomou de assalto o Porto da Mocímboa da Praia, até então último reduto das Forças de Defesa e Segurança (FDS) naquela vila municipal.
Apesar da falta de informações detalhadas, sabe-se que a vila da Mocímboa da Praia, incluindo o porto local, continua nas mãos dos terroristas, faz um mês. A vila está deserta, abandonada, pilhada e destruída. A população que sobreviveu ao fogo cruzado abandonou Mocímboa da Praia e todas as instituições públicas e privadas fecharam as portas, a maioria destruída e vandalizada.
No último fim-de-semana, uma coluna de viaturas militares partiu do Quartel de Mueda com um forte contingente das FDS que tinha a missão de recuperar a vila da Mocímboa da Praia. Depois de percorrer perto de 60 quilómetros, a coluna sofreu uma emboscada em Auasse, a 40 quilómetros da vila de Mocímboa da Praia. Depois de intensos confrontos que causaram baixas de ambos os lados, o contingente das FDS teve de recuar para Mueda.
Enquanto isso, o número de deslocados que fogem do conflito armado nos distritos do centro e norte de Cabo Delgado continua a subir dias após dia. O Programa Mundial para a Alimentção (PMA), a principal agência das Nações Unidas que presta assistência humanitária em Cabo Delgado, fala de mais de 300.000 pessoas que procuram refúgio no interior da província e em outras províncias, nomeadamente Nampula, Niassa e Zambézia.
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