O Banco de Moçambique (BM) anunciou que o modelo de Fundo Soberano (FS), por si proposto, não está virado para o desenvolvimento, mas sim para a acumulação de poupança e apoio na estabilização do orçamento em situações de choques que afectam as receitas do Estado. Enquanto concorda com a necessidade de se usar o FS para a acumulação de poupança e apoio na estabilização do Orçamento do Estado (OE), o CDD questiona até que ponto vale a acumulação de poupança e a estabilização do OE se isso não significa promoção do bem-estar social? Qual é a racionalidade económica de se propor que o futuro FS não priorize o investimento em infra-estruturas socioeconómicas e no capital humano e dê primazia ao financiamento do OE que, por sua vez, tem marginalizado o financiamento de programas de protecção social priorizando despesas correntes, com destaque para as regalias dos altos dirigentes do Estado e financiamento de empresas públicas.
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