Passadas 48 horas desde a tragédia que ceifou a vida de quase 100 pessoas na Ilha de Moçambique, o governo permanece em completo silêncio

O naufrágio ocorrido no Domingo, 7 de abril, na praia de Quissanga, no distrito da Ilha de Moçambique, província de Nampula, chocou a nação moçambicana e deixou marcas profundas na comunidade local. A tragédia, que ceifou a vida de cerca de 100 pessoas e deixou várias outras desaparecidas, expôs a fragilidade das condições de transporte marítimo na região.

Em meio à dor e ao luto das famílias enlutadas, o silêncio do governo do Presidente Filipe Jacinto Nyusi ecoa como uma ferida aberta na alma do país. Até o momento, passadas 48 horas do trágico evento, nenhuma declaração oficial de luto nacional foi emitida, deixando um vácuo de liderança e solidariedade para com as vítimas e suas famílias.

Segundo relatos do Secretário de Estado na Província de Nampula, Jaime Neto, a embarcação que naufragou estava superlotada, com mais de 130 pessoas a bordo, em uma embarcação de pesca que claramente excedia sua capacidade. A superlotação, sem dúvida, foi a principal causa do incidente, ressaltando a falta de fiscalização e regulamentação adequadas no setor de transporte marítimo.

Apesar do comunicado emitido pelo Governo da Província de Nampula expressando solidariedade às famílias enlutadas e prometendo esforços na identificação dos corpos e assistência aos sobreviventes, a ausência de uma resposta mais enérgica do governo central é lamentável.

O barco naufragou no trajeto de Lunga para a Ilha de Moçambique, em um dos trechos mais movimentados do litoral norte do país. O incidente deveria servir como um alerta para a urgência de medidas mais rigorosas de segurança marítima e regulamentação do transporte aquaviário em Moçambique.

Neste momento de profunda tristeza e desespero, é imperativo que o governo assuma a responsabilidade, preste contas à população e implemente medidas concretas para evitar que tragédias como essa se repitam no futuro. A nação moçambicana exige mais do que palavras vazias; ela anseia por ações concretas que demonstrem um verdadeiro compromisso com a segurança e o bem-estar do povo.

Que as vítimas desse trágico naufrágio sejam lembradas não apenas como estatísticas, mas como seres humanos cujas vidas foram perdidas prematuramente devido à negligência e à falta de cuidado, e deixa-andar. Que o governo e as autoridades competentes assumam sua responsabilidade e honrem a memória desses indivíduos com ações que promovam a segurança e a proteção de todos os moçambicanos.

Que seus corpos sejam identificados, suas famílias encontrem consolo e que a tragédia sirva de alerta para mudanças urgentes e necessárias no sistema de transporte marítimo de Moçambique.

Que a memória dessas vítimas seja eternizada, e que suas vidas não tenham sido perdidas em vão.

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