Duas semanas depois da francesa Total E&P Mozambique Area 1 anunciar que assinou um novo memorando de entendimento com o Governo de Moçambique relativo à segurança das operações petrolíferas do projecto Mozambique LNG, continuam escassas as informações sobre os detalhes do que foi acordado pelas partes.
Entretanto, o jornal Carta de Moçambique avançou na edição de ontem, terça-feira, que a Total irá financiar, igualmente, a alimentação dos efectivos que operam nas bases militares da península de Afungi. Numa segunda fase, o fornecimento de comida irá abranger as bases das FDS instaladas nos distritos da Mocímboa da Praia, Mueda e Macomia.
Este modelo não irá resolver o problema de insurgência em Cabo Delgado, pois privilegia os interesses das empresas com poder financeiro para pagar pelos serviços de segurança e marginaliza as comunidades locais. Mais ainda, o modelo adoptado tem ainda o risco de criar problemas dentro das próprias FDS: os efectivos que prestam serviços de protecção às operações petrolíferas terão, além de salários normais pagos pelo Estado, subsídios transferidos pelo projecto Mozambique LNG e direito à alimentação de qualidade.
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