De Ministro da tutela a dirigente de facto: Celso Correia “assalta” ADIN e ofusca o veterano Armando Panguene

A pesar de ser o Presidente da ADIN, o veterano da Luta de Libertação Nacional, Armando Panguene, não está a desempenhar um papel relevante na vida da instituição. Na cerimónia de lançamento oficial, Panguene fez uma curta intervenção e deixou o palco para Celso Correia, Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural e responsável pela tutela administrativa da ADIN.

Foi Celso Correia que apresentou a Estratégia de Resiliência e Desenvolvimento Integrado do Norte no evento de segunda-feira; e é ele quem está a negociar com os parceiros de cooperação a mobilização dos 764 milhões de dólares que a ADIN necessita.

Ainda ontem, Celso Correia foi a figura de cartaz durante as primeiras actividades de campo da ADIN em Cabo Delgado: foi ele quem distribuiu os kits de auto-emprego, de agricultura e pescas às famílias afectadas pelo terrorismo; foi ele quem falou à imprensa sobre a iniciativa. Sem direito à palavra, o Presidente da ADIN confundia-se com o pessoal de apoio da delegação do Ministro. Ora, o exercício das funções de tutela não deve ser confundido com a substituição dos dirigentes da instituição tutelada, tal como está a acontecer na ADIN.

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