O CDD organizou, no dia 28 de Abril de 2022, na Cidade de Maputo, a conferência nacional “Desafios e Oportunidades para Promover uma Transição Energética Inclusiva em Moçambique”, que serviu para apresentar o relatório da pesquisa realizada na cidade de Pemba bem como criar um fórum de diálogo entre as partes interessadas relevantes no processo de transição energética.
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“O Governo do Reino Unido, representado pelos Alto Comissariado do Reino Unido em Moçambique, é comprometido em encontrar soluções para garantir que países como Moçambique, que são mais vulneráveis às mudanças climáticas, possam acessar o financiamento e os recursos de que precisam para criar resiliência para o futuro”, garantiu a Alta Comissária do Reino Unido, NneNne Iwuji-Eme.
O Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) acredita que a transição energética deve ser feita levando em consideração as condições no país. “Por exemplo, há necessidade de abandonar ou renunciar ao carvão, mas neste momento o carvão é o principal contribuinte para balança de pagamentos de Moçambique”, referiu o Secretário Permanente do MIREME, Teodoro Vales, falando sobre a necessidade de observar um processo de transição energética gradual que não cause ruptura no sistema económico”.
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A Câmara de Energia de Moçambique, representado por Florival Mucave, acredita que o actual debate sobre a transição energética deve ser inclusivo. “É imperativo que tenhamos uma narrativa moçambicana na questão da transição energética, porque se basearmos nossa narrativa no debate global, vamos perder”.
O Director de Inspeção e Segurança do Instituto Nacional do Petróleo (INP), considera pertinente para “preparar uma estratégia energética e avaliar cenários sobre como os recursos de Moçambique podem ser posicionados para alcançar Net zero.
O Director de Supervisão e Segurança do INP também mencionou ao Decreto 39/2021, de 4 de agosto, que estabelece adaptação e mitigação ao clima mudança como um objectivo específico. Neste documento, as acções estratégicas sobre como as questões inerentes à transição energética serão salvaguardados referente à. Por exemplo, a implementação de medidas destinadas a mitigar as alterações climáticas através do uso de energia mais limpa e da promoção de projetos voltados para o uso do hidrogênio como uma fonte de energia a partir do gás natural.
O Presidente do pelouro de Recursos Naturais e Energia da Confederação das Associações Económicas (CTA), Simone Santi, disse que “é preciso haver um processo gradual que não prejudique os países que ainda não tiveram a oportunidade de explorar os seus recursos e, assim, catapultar o desenvolvimento de suas nações”.
“Vamos precisar de políticas apropriadas e estratégias para a nossa realidade, a fim de alcançar a transição energética”, disse Nilza Abdula, representante da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).
Ao final de sua apresentação de conclusões preliminares da pesquisa realizada em Pemba, que recomenda que se melhore a compreensão e conhecimento sobre transição energética entre os actores principais, ao mesmo tempo em que facilita o desenvolvimento de uma diversificação energética para Pemba.