Libertas as pessoas ilegalmente detidas em Marracuene

Foram hoje restituídas à liberdade as sete pessoas que haviam sido detidas em Marracuene na sexta-feira, supostamente por terem agredido agentes da Polícia durante a manifestação popular contra a desactivação de uma rede de energia eléctrica considerada clandestina pela empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM). A libertação das sete pessoas aconteceu na manhã desta terça-feira, 22 de Agosto, na sequência da intervenção do CDD.

Hofício Sitoe, Ana Ricardo, Belito Braz, Vânia Bila, Jorge Macanganhane, Hélder Albino e António Zunguene regressaram hoje ao convívio familiar depois de passarem, ilegalmente, três noites nas celas do Comando Distrital da PRM em Marracuene.

Os sete cidadãos juntam-se, assim, em liberdade, a Teresa Jacob, cidadã também vítima das detenções ilegais, recolhida para as celas da PRM com um bebê ao colo. Diferente dos outros sete cidadãos que passaram, ilegalmente, o fim-de-semana no Comando Distrital da PRM, Teresa Jacob teve a sorte de ver a sua liberdade restituída no mesmo dia da detenção, por volta da 23h00, devido a um mal-estar que ela e seu bebê tiveram horas após a sua apreensão nas celas da polícia.  

A prisão ilegal dos cidadãos ora libertos ocorreu na última sexta-feira, no Bairro do Guava. No total, foram agredidos e presos ilegalmente oito cidadãos dos mais de 50 que se manifestavam, pela terceira vez, em frente às instalações da EDM, acusada de ter desactivado uma rede eléctrica que abastecia dois quarteirões daquele bairro.

Recorde-se que esta é a terceira vez em que moradores dos quarteirões 1 e 2 do bairro Guava juntam-se para se manifestar contra a EDM. Eles acusam a empresa pública de ter desactivado a rede eléctrica que fornecia energia para algumas residências de Guava há um mês, alegando que a rede era precária e clandestina. Mas os residentes afectados dizem que tinham contratos com a EDM desde 2017 e compravam energia sem nenhuma limitação. E porque não houve promessa de efectuar novas ligações, as famílias afectadas começaram com protestos junto às instalações da EDM em Guava.

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